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Como ensinar o seu filho a se defender? 

Publicado em: 21 mar 2023 Evoluindo SOE

Você já tentou fazer seu filho compreender que todas as pessoas ou crianças ao seu redor são totalmente diferentes umas das outras? Seu filho vai crescendo e, pouco a pouco, por si só vai se dar conta de que realmente existem diferenças entre as pessoas, principalmente na forma de se relacionar. Ele estabelecerá diversas relações ao longo de sua vida e, em algumas, será necessário colocar-se e defender-se, por meio de suas posições, posturas e atitudes. E isso se aprende desde a infância. 

Nossa sociedade ajudou a desenvolver diferentes padrões de comportamento, espaço em que convivem padrões bons e não tão bons diariamente. Por essa razão, toda criança deve aprender o máximo possível a diferenciar quais são as pessoas que lhe trazem bem-estar e quais não. Dessa forma, ela vai, desde pequena, desenvolvendo estratégias que a ajude a se relacionar no mundo. 

Quando analisamos o comportamento das crianças diante de uma discussão ou briga, frequentemente, costumamos confundir defesa com violência. Esses dois conceitos não têm nada a ver um com outro. Quando a criança se sente agredida, seja física ou verbalmente ela tem todo o direito de reagir em defesa de sua integridade e dignidade. 

Preste atenção! Defesa sem violência 

Porém, chegar ao ponto em que a única forma de se comunicar é por meio da violência não se justifica em hipótese alguma. Contudo, costuma acontecer com frequência, principalmente entre os meninos. Não devemos nos esquecer que da mesma forma que acontece com os adultos, as tensões, as disputas e as brigas também ocorrem entre as crianças, e esse tipo de situação pode repercutir na personalidade do seu filho. 

A violência é apenas o caminho rápido, o caminho dos que não sabem se utilizar de outras ferramentas melhores. 

Defesa e violência são dois conceitos completamente diferentes entre si. A violência significa agir de forma a agredir o outro. Enquanto a defesa consiste em evitar que outro indivíduo nos agrida.

A primeira, então, é uma atitude que busca machucar o outro. Enquanto a segunda,  busca preservar o próprio bem-estar sem ter como objetivo machucar o outro necessariamente. A fim de evitar que seu filho tenha dificuldade de se relacionar com os outros, lembre-se de ensinar valores básicos. Ensine, principalmente, que a violência não deve tomar o espaço da defesa. 

Como ensinar o seu filho a se defender 

1. Incentive-o a tentar entender os motivos do outro e a ver as coisas com certa objetividade. Assim, você evita que ele se vitimize. Lembre-se de que isso é um bom exercício, que ajuda a ensinar-lhes a administrar os conflitos de maneira adequada. 

2. Faça-o saber que as ofensas dos outros não têm importância quando não são verdadeiras. O mais importante é ter confiança em si mesmo. Além de não dar poder para o que qualquer um fale a respeito de nós ou de nossas ações. 

3. Evite que seu filho reproduza a mesma agressividade que recebe. Essa não é a forma de se fazer respeitar e muito menos de conseguir estabelecer laços saudáveis. 

4. Faça-o saber muito claramente que a violência nunca é a solução. É fácil bater, mas há consequências. Evite estimular atitudes de valentão e comportamentos agressivos, já que isso só contribui para inculcar na cabeça dele valores errados. 

5. Sob nenhuma circunstância estimule seu filho a fugir. No entanto, você pode sim ensinar a evitar na medida do possível dar motivos para briga. 

6. Permita que seu filho expresse seus sentimentos e suas emoções livremente, para que não se sinta julgado. É muito importante que você o escute e responda, isso vai ajudá-lo a desabafar e liberar a tensão. Além disso, vamos estabelecer um vínculo de confiança superior se lhe permitimos se expressar e compartilhar conosco aquilo que o incomoda. 

Geralmente, existe a tendência de dar pouquíssima importância ao que as crianças estão explicando ou ao que lhes está afetando; devemos nos lembrar que para ela o problema tem muito mais importância e tamanho. Dessa forma, você deve escutá-la com atenção para ser capaz de aconselhá-la da melhor maneira. 

Ensinar a se defender é crescer 

Se o seu filho se defende, mas ainda assim uma criança consegue intimidá-lo, ensine-lhe que, nesses casos, ele vai ter que buscar a ajuda de um adulto para ser capaz de solucionar a briga e aplicar os corretivos necessários.  

Você deve ajudar o seu filho a entender que ele ganha muito mais entendendo os outros através da empatia e do respeito do que com violência. 

Além disso, quando a situação exigir a intervenção de um adulto, você vai ter que levar em consideração que se tratarmos essa criança com respeito e amabilidade, vamos conseguir fazer com que ela entenda por que não deve continuar incomodando os outros como forma de se sentir melhor consigo mesma. 

Para a criança, o simples fato de ser tratado com amabilidade vai fazê-la se perguntar o que está acontecendo. E também vai colocar um freio ao seu comportamento negativo. 

Além disso, vai ser a primeira vez que ela vai ser chamada atenção para perceber quea agressividade é uma forma errada de chamar a atenção, além de revelar ausência de controle, e, inclusive, umacarência afetiva imensa. 

Muitos pais optam por inscrever seus filhos em atividades extracurriculares esportivas para ajudar os pequenos a desenvolver a força necessária para enfrentar algumas situações. 

Asartes marciais costumam ser as mais escolhidas, mas devemos nos lembrar que também existem atividades com quais é possível aprender a se defender sem violência alguma. Essas seriam atividades esportivas como: o vôlei, o basquete, o tênis, o futebol, etc. Por quê? Porque todos esses esportes têm tanto estratégias de “ataque” quanto de “defesa” que ajudam as crianças a administrar melhor os conflitos. 

Em todo caso, diante de qualquer dificuldade observada em seu filho quanto a se defender em conflitos naturais que fazem parte da construção de suas relações, procure ouvi-lo, orientá-lo e, caso seja necessário, recorra a um especialista que possa colaborar com a situação vivida. Todos sairão fortalecidos! 

Texto da psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez, adaptado pela Psicologia Escolar. 

 


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